{"id":7428,"date":"2018-04-05T10:30:30","date_gmt":"2018-04-05T13:30:30","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.plataformatec.com.br\/?p=7428"},"modified":"2018-04-05T09:50:25","modified_gmt":"2018-04-05T12:50:25","slug":"o-agilista-e-o-martelo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/blog.plataformatec.com.br\/2018\/04\/o-agilista-e-o-martelo\/","title":{"rendered":"O Agilista e o Martelo"},"content":{"rendered":"
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Estamos acostumados a sempre discutir e debater sobre como as coisas s\u00e3o ou como elas deveriam ser no nosso ambiente de trabalho, com o uso da filosofia trazemos essa discuss\u00e3o sobre o que fazer ou como conduzir nossas a\u00e7\u00f5es e suas ambiguidades, dado que o mundo \u00e9 do jeito que ele \u00e9. O que fazemos em nossos projetos profissionais, e as decis\u00f5es que tomamos no nosso dia-a-dia, acabam se inserindo nesse contexto de uma forma ou outra. O objetivo desse post \u00e9 fomentar uma ruptura nas certezas e verdades estabelecidas dentro de todo conhecimento criado em torno da “Agilidade”. O artefato central dessa discuss\u00e3o \u00e9 o <\/span>conhecimento<\/b>, a forma como interagimos com ele e a forma como usamos ele (<\/span>ou ele nos usa?<\/span><\/i>). N\u00e3o vejo forma melhor de come\u00e7ar essa s\u00e9rie de provoca\u00e7\u00f5es sen\u00e3o definindo o que \u00e9 conhecimento para mim: <\/span><\/p>\n <\/p>\n | Conhecimento \u00e9 uma cren\u00e7a justific\u00e1vel.<\/b><\/p>\n <\/p>\n Ou seja, perspectiva e conhecimento est\u00e3o diretamente relacionados! Uma “coisa” serve como conhecimento at\u00e9 que acreditemos que outra “coisa” possua justificativas que superem as anteriores. Se observarmos uma empresa como uma organiza\u00e7\u00e3o que produz conhecimento, \u00e9 poss\u00edvel concluir que o ponto de vista do indiv\u00edduo que lida apenas com uma parte da realidade n\u00e3o \u00e9 o suficiente. O conhecimento n\u00e3o \u00e9 apenas parte da realidade. \u00c9 a realidade, mas vista a partir de um determinado \u00e2ngulo. A mesma realidade pode ser vista diferentemente, dependendo do \u00e2ngulo (<\/span>contexto\/circunst\u00e2ncias<\/span><\/i>) do qual se v\u00ea. <\/span><\/p>\n <\/p>\n “Na cria\u00e7\u00e3o do conhecimento, n\u00e3o se pode ser livre do seu pr\u00f3prio conceito. \u2014 Nonaka & Takeuchi”<\/span><\/i><\/p>\n <\/p>\n Os contextos econ\u00f4mico, cultural e hist\u00f3rico s\u00e3o importantes para os indiv\u00edduos que produzem conhecimento. Esses contextos permitem a interpreta\u00e7\u00e3o da informa\u00e7\u00e3o e a cria\u00e7\u00e3o do significado que se deseja transmitir. \u00c9 por isso que a externaliza\u00e7\u00e3o do <\/span>conhecimento pessoal <\/b>pode levar a falsidades ontol\u00f3gicas e fal\u00e1cias (<\/span>Spotify model, SAFe, story points, Scrum\u2026<\/span><\/i>), pois a complexidade total de um determinado fen\u00f4meno pode permanecer oculta. Por isso, quando criamos conhecimento \u00e9 important\u00edssimo ver todo o quadro da realidade (perspectiva) interagindo com outros que a vejam a partir de outros \u00e2ngulos, isto \u00e9, compartilhando seus conceitos! E a partir desses conceitos \u00e9 que podemos julgar se o conhecimento a ser transmitido \u00e9 \u00fatil ou n\u00e3o ao nosso contexto atual. <\/span><\/p>\n H\u00e1 quem acredite em certezas imediatas, tais como: scrum \u00e9 \u00e1gil, SAFe \u00e9 a melhor op\u00e7\u00e3o para escalar agilidade, estimativas s\u00e3o imprescind\u00edveis sem nem procurar os conceitos por tr\u00e1s. Me perguntei: o que leva essas pessoas a se tornarem ferramentas do conhecimento ao inv\u00e9s de usar o conhecimento como ferramenta? Elas acham que usam o conhecimento, mas na verdade o conhecimento as usa. <\/span><\/p>\n Acredito que o problema principal s\u00e3o as causas que normalmente vem acompanhadas dessas ideias, causas onde os gestores t\u00eam onde se agarrar, causas que sempre vem acompanhadas de um grande vislumbramento de como a organiza\u00e7\u00e3o poderia\/deveria ser melhor (ideologia). O ponto \u00e9 sempre colocar as ideias a seu servi\u00e7o, voc\u00ea ser\u00e1 pragm\u00e1tico quando isso lhe for \u00fatil. Isso significa que voc\u00ea entende que todas as ideias podem ser \u00fateis se usadas de forma puxada pela situa\u00e7\u00e3o\/contexto. \u00c9 diferente de tentar imp\u00f4-las como verdade para todos os contextos existentes\/inexistentes como se fossem coisas sempre <\/span>iguais <\/b>(<\/span>outra certeza imediata que consultorias de grande porte vendem<\/span><\/i>). O perigo de se identificar com a ideia \u00e9 se tornar viabilizador e propagador dela (a ideia te usa), ao inv\u00e9s de benefici\u00e1rio de sua efetividade perante o contexto\/problema que voc\u00ea vive <\/span>hoje.<\/b><\/p>\n <\/p>\n “The issue is one of defining your identity by membership of a social group rather than simply a tool user. For example, you could use Pragmatic philosophy without identifying yourself as a Pragmatist. The important thing is not to let an idea, concept, tool or technology define you. A software engineer who uses Java is okay. A Java Developer is not okay. \u2014 David J Anderson”<\/span><\/i><\/p>\nO poder das Ideias de Massa<\/b><\/h4>\n