Na última semana aconteceu em Curitiba, Paraná, uma das maiores conferências sobre métodos ágeis na América Latina, o Agile Brazil 2016.
Foi a primeira participação do time de gerentes de projetos da Plataformatec como palestrantes no evento e, neste post, gostaria de compartilhar algumas impressões sobre essa participação e o evento como um todo.
Primeiro dia
Eu e o Lucas Colucci tivemos a oportunidade de compartilhar no WBMA (a frente acadêmica do Agile Brazil) algumas descobertas do short paper que escrevemos sobre o uso de simulações de Monte Carlo como uma abordagem para predição de prazos de entrega em projetos de desenvolvimento de software.
A experiência de conversar com outros pesquisadores sobre a importância em gerar uma convergência entre a ciência (academia) e a aplicação (indústria) foi de extrema importância, afinal, acreditamos que esse tipo de discussão cria um fértil caminho para a inovação.
Caso você tenha interesse em entender como usamos o modelo estatístico de Monte Carlo em nossos projetos, recomendo que você leia o post, em inglês, intitulado Forecasting software project’s completion date through Monte Carlo Simulation.
Além disso, disponibilizamos gratuitamente, uma versão da nossa planilha com este modelo estatístico para que você teste no seu dia a dia. Para ter acesso ao material, basta clicar aqui.
No fim do primeiro dia, depois de muito café e ótimas conversas de corredor com novos e antigos amigos sobre os assuntos abordados no evento até então, tivemos uma nova participação do time da Plataformatec com o Wesley Zappelini.
A palestra conduzida por ele compartilhou estratégias para melhorar o fluxo de trabalho no processo de desenvolvimento de software.
Em linhas gerais, foram compartilhadas 5 maneiras para se trazer eficácia em processos que não estão saudáveis (mais informações podem ser lidas em 5 Strategies to improve software development workflow).
Após a palestra, interagimos com outras pessoas que continuam enfrentando problemas para otimizar o fluxo de desenvolvimento das equipes em que atuam.
Se você se interessou pelas formas de otimizar o fluxo de trabalho em times de desenvolvimento, não perca a oportunidade de ter acesso ao ebook gratuito que lançaremos nas próximas semanas explicando detalhadamente cada uma das estratégias que estamos adotando para melhorar o dia a dia de nossos projetos e clientes. Para ter acesso exclusivo ao material, clique aqui.
Segundo dia
Não houve apresentações do nosso time no segundo dia, portanto, pudemos assistir ótimas apresentações sobre:
- Desenvolvimento de equipes (obrigado, Sandy Mamoli, pela apresentação Creating Great Teams – How Self-Selection Lets People Excel);
- Escalando ágil dentro do governo;
- O uso de uma abordagem de fluxo unificado para a gestão de portfólio de projetos (parabéns Rafael Caceres);
- “No Estimates“.
Terceiro dia
No início do terceiro e último dia do Agile Brazil, tive a oportunidade de conversar com uma das poucas pessoas que conheci no evento que atuava em uma área fora da tecnologia, no caso, recursos humanos. Era a primeira vez que ela participava do evento e fiquei muito interessado em saber quais eram as suas impressões.
Papo vem, papo vai e ela compartilhou que ao participar do evento havia aprendido muito sobre os princípios ágeis, os problemas que uma transformação ágil traz para as empresas e como compreender e avaliar as habilidades necessárias ao contratar Gestores de Produtos e Agile Coaches.
Em outras palavras, ela resumiu que sua participação fazia parte de uma estratégia para aprimorar a visão sobre ágil a partir da ótica de recursos humanos.
O relato dela reforça a ideia de que para o ágil de fato fazer parte da cultura de uma organização ele deve ser entendido por todos. Como diria meu amigo João Britto: “o ágil tem que estar no coração das pessoas”.
Nossa última participação no evento aconteceu com o Breno Campos, com a palestra sobre métricas de processo para melhorar o desenvolvimento de software, assunto que temos abordado em outros posts aqui no blog.
Foi lindo ver a sala cheia de pessoas interessadas em saber de que maneira métricas como lead time e throughput e, visualizações como o Cumulative Flow Diagrams (CFD) e o gráfico de burn down, tem nos ajudado a trazer visibilidade e previsibilidade para nossos clientes.
Caso você tenha interesse em saber porque amamos métricas aqui na Plataformatec, leia os seguintes posts:
- Why we love metrics? Learning with lead time.
- Why we love metrics? Throughput and burnup charts.
- Why we love metrics? Cumulative flow diagrams.
Ainda falando sobre métricas, lancei recentemente, em português, um curso via email com algumas dicas de como usar métricas no processo de desenvolvimento de software de forma contínua. Caso tenha interesse em receber os emails com o conteúdo, clique aqui.
Conclusão
Essa foi a primeira vez que estive no Agile Brazil e uma coisa que me chamou a atenção foi o tamanho do evento (mais de 800 pessoas). Outro ponto interessante foi a qualidade e a diversidade das palestras. O Brasil, como você sabe, é “um país com tamanho de continente”, portanto, conversar com pessoas de todas as regiões do país me mostrou o quão amplo é o movimento ágil em terras tupiniquins.
Ano que vem o evento acontecerá em Belém, Pará, e espero estar por lá comendo açaí e trocando mais ideias sobre como melhorar os negócios a partir de processos ágeis.
E você? Como foi o seu Agile Brazil 2016? Compartilhe suas impressões nos comentários abaixo 😉